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Em 1935 Heinrich Himmler, um dos hierarcas nazistas mais poderosos, criou o Ahnenerbe, um instituto de pesquisa que produzia provas arqueológicas para fins políticos. Himmler reuniu uma combinação peculiar de aventureiros, místicos e respeitáveis professores para ajudá-lo a reescrever a história da humanidade. Pesquisadores realizaram expedições públicas e missões secretas no Iraque, Finlândia, Tibete e além, com o apoio absoluto do Terceiro Reich.
Apesar de a guerra e as estreitas econômicas se aproximarem, Heinrich Himmler continuou a organizar e financiar essas missões caras porque considerava que a pré-história precisava de uma profunda revisão. O líder das SS e arquiteto dos campos de extermínio nazistas estava convencido de que os arqueólogos tinham ignorado durante séculos as conquistas de uma raça primitiva de guerreiros loiros e com olhos azuis: arianos. Himmler acreditava que os antepassados dos alemães tinham crescido no árido e sorvete Ártico, que tinham dominado como raça superior e imbatível. De acordo com a sua teoria, só restou restos dessa raça em lugares especiais do mundo. Encontrar os verdadeiros arianos e eliminar todas as outras raças tornou-se a pedra angular do projeto nazista.
A partir de uma extensa pesquisa, Heather Pringle elabora um fascinante retrato da Ahnenerbe e seu papel no Holocausto, e revela como cientistas e estudiosos permitiram que suas investigações fossem usadas para justificar o extermínio. Narrado com mestrado e historicamente impecável, O plano mestre é um estudo original sobre delírio e excesso, e sobre abusos científicos e políticos a nível global.
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