OCULTURA

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domingo, 28 de janeiro de 2018

A PEDRA, A ESTÁTUA E A MONTANHA - O QUINTO IMPÉRIO NO PADRE ANTÓNIO VIEIRA - PAULO BORGES



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"A obra, no seguimento de um livro que eu publiquei em 1995, continua a tratar daquilo que eu penso ser o centro da visão e da paixão do Vieira, que é o V Império: o que Vieira entende como um estado de plenitude terrena em que os homens chegarão a uma harmonia, a uma fraternidade e uma perfeição universais", afirmou hoje Paulo Borges, em declarações à Lusa.

Mas - acrescentou - "aborda isso de uma perspectiva crítica. O que eu proponho é uma reflexão crítica sobre a ideia que o Vieira tem do V Império, sobre a actualidade dessa ideia e sobre outra questão ligada a tudo isto que é a questão de Portugal como tendo uma vocação para ser o mediador nesse reino de plenitude sobre a Terra".

Sobre a importância e actualidade do pensamento do Padre António Vieira, disse o autor que "se reflectirmos criticamente sobre as suas ideias e as adaptarmos ao nosso tempo, podemos considerar que ele foi, há quatro séculos atrás, o precursor de uma visão global do mundo".

"Em Vieira, já há a proposta de uma globalização que, naturalmente, ele pensava sob o signo da expansão e da fé cristã, e da cristianização e evangelização do mundo, mas que já apontava para a ideia de uma possível comunidade universal, onde as culturas, as nações, os povos, as línguas pudessem conviver sem perda da diversidade, sob o signo da unidade", sublinhou.

Paulo Borges apontou Fernando Pessoa e Agostinho da Silva como dois "grandes autores" que retomaram "na nossa cultura" estas ideias de Vieira e as transformaram.

"O V Império em Fernando Pessoa e em Agostinho da Silva já não é necessariamente o império de uma religião, não tem que ver com a cristianização do mundo, mas mais com o surgimento de uma consciência global, ecuménica, multicultural e até transcultural", exemplificou.

Segundo o autor, "a ideia" de ambos "é que a vocação de Portugal é para ser mediador de uma síntese entre as várias culturas, religiões, civilizações", o que considera "uma ideia muito actual".

"Hoje, não podemos escapar à globalização, mas assistimos, ao mesmo tempo, ao fracasso do paradigma civilizacional dominante, que é fundamentalmente de raiz europeia e ocidental, e então hoje, julgo que se impõe essa abertura da consciência dos europeus, dos ocidentais, também a outros paradigmas culturais", defendeu.

"Nesse sentido, penso que tal como Vieira, Pessoa e Agostinho da Silva o propuseram, Portugal, pela sua tradição e vocação histórico-cultural, poderia ter um lugar nessa função de estabelecer pontes, mediações, diálogos entre as várias culturas do mundo"

LIVRO USADO

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