VENDIDO
LIVRO DE DIFÍCIL
AQUISIÇÃO !!!
Sinopse
Nos séculos XVII e XVIII, demônios e bruxas desempenharam na sociedade
portuguesa uma Todos já ouviram falar da Besta 666, o Anticristo, Lúcifer, o
Demônio, e todo o mal vinculado a estas figuras. O que poucos pessoas sabem é
que um homem se intitulou "A Besta 666". A primeira idéia que pode
nos vir à mente é tratar-se de um louco, um facínora, um celerado da pior
espécie.
Só que este homem se diz o maior amigo da humanidade, herdou uma imensa
fortuna gasta em editar livros que divulgavam sua filosofia libertária, Thelema
(que ele dizia vir diretamente dos dirigentes invisíveis da Terra, a Grande
Fraternidade Branca), enquanto outra parte foi gasta na criação de um centro de
estudos de Magia, na ensolarada Sicília.
O nome deste homem era Edward Alexander Crowley ou Aleister Crowley,
como ficou mundialmente conhecido, nascido na Inglaterra, no seio de uma
família de abastados cervejeiros. Teve uma educação esmerada em Cambridge e
pretendia seguir a carreira diplomática por influência de seu tio. Todos os
elementos para uma vida prosaica, tranqüila e feliz se faziam presentes. Mas
Crowley, ou talvez a deusa Destino, sonhou algo totalmente diferente. Seus
interesses dirigiram-se para o alpinismo e xadrez, mas acima de tudo para a
Magia, que se tornou o grande objetivo de sua vida.
Aleister Crowley se dedicou de corpo e alma em desvendar os seus
mistérios e segredos, indo a fundo na sua busca, não se limitando por nada,
derrubando todas as barreiras, experimentando todas as facetas da alma humana,
de todas as formas.
Crowley vivia na Inglaterra Vitoriana, repleta de hipocrisias e falso
moralismo (não muito diferente do mundo de hoje em dia), e era natural que todo
o empenho, força e dedicação de Crowley a sua meta acabaria por chocar-se com a
sociedade da época. Ele foi taxado de pornográfico, depravado, drogado,
satanista e mais uma infinidade de rótulos. E, o mais
fantástico de tudo, estes rótulos ilustravam inúmeras atividades que de fato Crowley estava envolvido. Poderíamos encerrar o caso aqui, juntando nos as legiões que detratam a sua memória, mas antes disto cabe abrir um parêntese e falar sobre o que levou este homem a assumir este papel no mundo.
fantástico de tudo, estes rótulos ilustravam inúmeras atividades que de fato Crowley estava envolvido. Poderíamos encerrar o caso aqui, juntando nos as legiões que detratam a sua memória, mas antes disto cabe abrir um parêntese e falar sobre o que levou este homem a assumir este papel no mundo.
O ano de 1904 foi capital para Crowley, o mistério que iria persegui-lo
por toda a vida estava por se revelar, como dádiva e maldição. Ele já era um
Magista competente, iniciado na Aurora Dourada, uma das mais importantes Ordens
mágicas de todos os tempos.
Nesta época, Crowley estava viajando o mundo. Em março e abril ele
estava no Cairo, Egito, em companhia de sua esposa, Rose Kelly. O casal se
entregava às alegrias da viagem de núpcias, mas nem por isso Crowley deixava de
ser um Mago. Ele faz uma invocação de elementais do ar para sua jovem esposa, e
qual não foi a sua surpresa, ao invés dos silfos a mulher começa a balbuciar:
Hórus falava através dela. O deus prescreve então uma série de detalhes para um
ritual de invocação, o resultado deste Ritual se da nos dias 8, 9 e 10 de abril, nos quais Crowley recebe o Livro da Lei, um poderoso
Grimório de instruções mágicas, a Lei da era de Aquário. Crowley se choca com o
conteúdo do Livro, mas a força das revelações lá contidas, influenciando
eventos históricos de magnitude gigantesca (Primeira e Segunda guerras
mundiais, por exemplo), deixou fora de dúvida a veracidade, beleza e poder do
Livro da Lei.
Ditado por uma entidade de nome Aiwaz (que mais tarde Crowley associou
a seu Eu superior). Nele, a Lei da nova era é sintetizada na frase Faze o que
tu queres há de ser o todo da Lei, e tem como contraponto e complemento Amor é
a lei, amor sob Vontade. Facilmente poderíamos imaginar um paraíso da
libertinagem, mas a vasta obra de Crowley nos mostra que liberdade sim, mas com
conhecimento, em suas próprias palavras:
O tolo bebe, e se embebeda:
o covarde não bebe.
O homem sábio, bravo e livre, bebe, e dá glórias ao Mais Alto Deus.
o covarde não bebe.
O homem sábio, bravo e livre, bebe, e dá glórias ao Mais Alto Deus.
Sua filosofia mágica é sempre pautada pelo autoconhecimento, e fica
claro que para nos tornarmos senhores de algo precisamos conhecê-lo,
vivenciá-lo. O ser humano como divino é outro postulado Thelêmico, Todo homem e
toda Mulher é uma estrela, ou seja, tem sua órbita e papel no universo e deve
ser respeitado pelo simples ato de existir, mas não entendamos este respeito
como piedade, mas sim como um ecossistema, onde cada parte cumpre a sua função.
Crowley, ao se colocar como a Besta do Apocalipse, está trazendo
novamente a era dos homens deuses, onde a alegria a força se contrapõe à dor e
fraqueza, Não seguimos ou adoramos um deus sofredor e morto numa cruz mais sim
um homem deus que venceu a morte. O 666 é associado a Lúcifer e este, por sua
vez, a Prometeu, que roubou o fogo dos deuses para que os seres humanos
pudessem se tornar deuses.
Uma das definições de Crowley sobre o mal é esta: Primeiramente, por
Mal queremos significar o que está em oposição com nossas próprias vontades; é
então um termo relativo, e não absoluto. Pois tudo o que é o grande mal de um é
o maior bem de outrem, assim como a dureza da madeira, que estafa o lenhador, é
a segurança daquele que se aventura no mar num barco construído com aquela
madeira.
To Mega Therion (A Grande Besta, nome mágico de Crowley) via a raça
humana no começo desta era de Aquário como uma criança, então nada melhor que
as suas palavras sobre como educar uma criança:
"Cada criança deve desenvolver sua própria individualidade, e
Vontade, a despeito de ideais estranhos a si".
"Ela é confrontada com tais desafios como natação, escalada,
trabalhos domésticos, e deixada livre para resolver de sua própria forma".
"Seu subconsciente é impressionado pela leitura de obras-primas,
as quais se permite que se infiltrem em sua mente automaticamente sem pressão
seletiva nem pedidos de compreensão consciente".
"Nada é ensinado a não ser pensar por si mesma".
"Ela é tratada como um ser responsável e independente, encorajada
na autoconfiança, e respeitada pela auto-afirmação".
Crowley criou uma série de potentes Rituais para se autoconhecer e
travar contato com inúmeras entidades, Deuses, Anjos e Demônios, sem falar em
uma gama de símbolos de Poder e palavras de passe. Através destes Rituais, as
pessoas entram em um novo universo (na verdade os abismos e alturas de seu
próprio ser). Um bom exemplo é um Ritual chamado a Marca da Besta, uma alusão à
marca recebida por Caim. Este ritual traz as energias do Novo Aeon ao
praticante, quebrando uma série de condicionamentos e preenchendo-o com a
energia dos quatro elementos encimados pelo Espírito. Um portal é aberto, um portal
para a vida.
Os Rituais sexuais aprendidos na O. T. O. (Ordem dos Templários
Orientais) muito influenciaram Crowley, (sem esquecer das contribuições de To
Mega Therion a estes Rituais) e grande parte da Magia Thelêmica usa o sexo
direta ou indiretamente. O Safira Estrela é um deles, e abaixo transcrevemos
algumas de suas partes:
(Que o Adepto se arme com seu bastão Mágico e sua Rosa Mística).
A referência aqui é clara: o Bastão é o falo, a Rosa Mística a vagina. O sexo oral é uma das etapas, e a absorção dos Sacramentos deve ser o ponto alto.
A referência aqui é clara: o Bastão é o falo, a Rosa Mística a vagina. O sexo oral é uma das etapas, e a absorção dos Sacramentos deve ser o ponto alto.
O leitor poderá lembrar do "Tantra Negro" mas não é o caso, e
práticas como essas são usadas no Tantra do sul da Índia, para onde os
Dravidianos foram expulsos.
O uso de práticas homossexuais também é licito e para tal remetemos o
leitor ao trabalho de Karl Gustav Jung, onde a Anima (Animus) aparece em sonhos
no sexo oposto ao da pessoa e o self justamente surge como uma representação do
mesmo sexo.
A palavra de poder do novo Aeon é ABRAHADABRA. A palavra ABRAHADABRA
soma 418, temos assim a letra hebraica Cheth, valor 8, Yod, valor 10 e Tau,
400, eles são as chaves para Grande Obra. Yod sendo o Bastão (falo) e Cheth
(vagina) o Cálice, unidos em Tau. Ou ainda Yod, o espermatozóide, e Cheth, o
óvulo, unidos em Tau. A Cruz também pode ser um símbolo do Lingam e da Yoni
unidos. Basta imaginar a haste Horizontal, a Yoni e a vertical, o Lingam. É
importante salientar mais uma vez que o Safira Estrela pode ser feito de forma
simbólica e os resultados são também muito bons. Deve avançar a Leste, fazer o
Hexagrama Sagrado, e dizer: PATER ET MATER UNUS DEUS ARARITA*. (quer dizer:
"Pai e Mãe um deus Ararita").
A união sexual como uma forma de união ao divino, dois que se tornam
um. Que ele retorne ao centro, o centro de tudo (Fazendo o símbolo da ROSA CRUZ
como ele deve saber) dizendo: ARARITA ARARITA ARARITA. A Rosa Cruz é uma alusão
direta a união falo-vagina. Que ele diga: OMNIA IN DUOS ("tudo em
dois"): DUO IN UNUM ("dois em um"): UNUM IN NIHIL ("um em
nada"): HAEC NEC QUATOR NEC OMNIA NEC DUC NEC UNUS NEC NIHIL SUNT
("não há quatro ou tudo ou dois nem um nem nada"). O sexo como
elemento e pórtico para a transcendência. Então que repita os sinais de L.V.X.,
mas não os de N.O.X.: pela epifania que ocorreu como resultado dos sinais da
Rosa Cruz. Ou seja, o orgasmo magicamente dirigido.
Este ensaio é pequeno demais para abranger o meio século de Crowley
dedicado à magia, mas espero ter esclarecido um pouco sobre a sua vida e obra.
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